quarta-feira, 14 de maio de 2014

Nem sempre vejo o amor com olhos de guerra. Observo-o de perto, demasiado perto, no interior dos corações. Encontro-o coerente, motivado, proporcional ao desejo dos homens. Observo-o formalmente como quem espia o futuro sem ter medo do presente. Mas evito vê-lo ao longe. Lembra-me a guerra, o frio, a dor.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Vivemos para morrer. Nascemos para sorrir sem dentes e comemos para chacinar o apetite. Vivemos para aprender. Lemos para abater a ignorância e escrevemos para aniquilar a dor. Vivemos para sofrer. Crescemos para dar a vida a um outro alguém e amadurecemos com as árduas lições de vida. Vivemos para tolerar. Envelhecemos a ver partir quem gostamos e sobrevivemos ao guardar a dor no bolso. Vivemos para sumir. Nascemos para ser crianças, crescemos para nos tornarmos adultos e falecemos para nos convertermos em pó. 

sexta-feira, 14 de março de 2014

Name ten things you wanna do before you die and then go do them. Name ten places you really wanna be before you die and then go to them. Name ten books you wanna read before you die and then go read them. Name ten songs you wanna hear again before you die, get all of your friends together and scream them, because right now all you have is time but someday that time will run out. That’s the only thing you can be absolutely certain about. Think of all the things that are wrong with your life and then fix them, think of all the things that you love about your life be thankful you are blessed with them, think of all the things that hold you back and realize that you don’t need them, think of all the mistakes you have made in your life, make sure that you never repeat them because right now all you have is time but someday that time will run out. That’s the only thing you can be absolutely certain about. Name ten thousand reasons why you never wanna die, go and tell someone who might’ve forgotten try to list the endless reasons why it’s good to be alive and then just smile for awhile about them, soon the sun will rise and another day will come, soon enough the sun will set, another day will be gone and right now all you have is time, but someday that time will run out.
— Paul Baribeau, Ten Things  

domingo, 9 de março de 2014

Nunca conheci a dor de quem perde alguém na guerra. De alguém que parte sem querer e morre sem saber. De alguém que conhece o próprio desfecho e que aniquila o destino. A dor de quem abandona um filho e maltrata um familiar. De alguém que ama sem prezar e gosta sem valorizar.

sexta-feira, 7 de março de 2014

És como uma melodia repleta de sustenidos e bemóis. Queres perder-te nas pautas confusas e interpoladas, sem bequadros para restituir-te ao natural. És uma harmonia quebrada, uma sinfonia talhada. 

quinta-feira, 6 de março de 2014

É fascinante analisar como as pessoas entram na nossa vida e a conseguem mudar para sempre. Conhecem-se nomes, acumulam-se presenças, mas destacam-se existências. Fazem-se colegas, mas evidenciam-se os amigos. Formam-se diálogos, mas decoram-se conversas de apaixonados. Escrevem-se rimas de uma vida, mas salientam-se as melhores citações do quotidiano. 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Conheceram as palavras até estas se tornarem somente numa simples forma de comunicar com os outros. Conheceram a verdade até  à preferência do engano, do fingimento, da ignorância. Conheceram a pureza até começarem a tornar-se donos de todos aqueles que não estavam sobre governo. Conheceram a força até a vida lhes mostrar que, por vezes, é necessário desistir para seguir em frente. Conheceram o oculto até quererem saber demais e se perderem no labirinto da existência. Conheceram as estrelas até estas se tornarem insignificantes pontos no céu. Conheceram a amizade até esta se tornar numa forma sintética de falsidade. Até ao momento em que conheceram o amor. Tentando conhecê-lo, os homens ferem-se e esfolam-se à procura de decifração.